Educação Inclusiva no Campo
Um espaço para troca de experiências, informações e leituras sobre educação inclusiva. CRIE há dez anos sendo referência à inclusão escolar em Ilhéus.
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CRIE

Centro de Referência à Inclusão Escolar
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Um diálogo sobre deficiência visual
Coube-me a tarefa de escrever um texto sobre a inclusão da pessoa com deficiência visual no ensino regular e eu me sinto muito à vontade para fazê-lo.
Começo esse diálogo, falando com muita sinceridade do meu ingresso no ensino especializado. Fiquei bastante insegura e temerosa a respeito do que me aguardava e repetia para mim mesma: “- Não sei lidar, não fui preparada, não vou ficar!”
O tempo foi passando e a convivência me permitiu perceber que pessoas com deficiência são sujeitos de direito e que têm desejos e necessidades assim como nós.
Procurei então transformar os meus temores em combustível o qual me impulsionou a buscar o conhecimento que não tinha para poder redesenhar a minha prática pedagógica.
Resumindo, estou no ensino especializado há 18 anos. Comecei atuando na área de Déficit Intelectual e hoje atuo na Deficiência Visual. Sou uma entusiasta da Educação Inclusiva. Acredito nela!
Noto os avanços que essa área já alcançou e o quanto ainda precisa e pode avançar. Para isso, é preciso a contribuição de todos.
Faço esse preâmbulo para entrar no nosso conteúdo propriamente dito.
CONCEITUAÇÃO:
Por deficiência visual entende-se a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica, conforme definições médicas e educacionais.
Divide-se em cegueira e baixa visão:
· Pessoas cegas – acuidade visual igual ou menor que 20/20, ou cujo campo visual é inferior a 20° no melhor olho; apresentam desde a ausência total da visão, até a perda da projeção da luz.
· Pessoas com baixa visão – baixa acuidade significativa (6/20 e 6/60 no melhor olho), redução importante do campo visual, alterações corticais e ou sensibilidade aos contrastes que interferem ou que limitam o desempenho visual.
Se a pessoa tem a visão comprometida, ela passa a fazer uso acentuado dos demais sentidos, que são chamados sentidos remanescentes.
De posse dessas informações, podemos agora pensar em como lidar em sala de aula com a pessoa que já não vê ou que vê bem pouco:
1. É importante ter clareza de que a pessoa com deficiência visual precisa de referências, portanto dê normas claras, usando os termos: em cima, embaixo, esquerda, direita, na frente, atrás;
2. Promova a independência do seu aluno encorajando-o a se locomover pelo espaço e buscar o material que deseja. Para isso a sala precisa estar organizada de forma que ele saiba onde estão todos os objetos. Lembre-se: sempre que for mudar algo de lugar, avise-o;
3. Não permita que seu aluno fique em sala sem produzir. Se ele tem baixa visão e não consegue ler o que está escrito no quadro, permita que ele se aproxime quantas vezes achar necessário ou mesmo ofereça-lhe a atividade digitada com a fonte adequada à sua necessidade. Se ele é cego, precisa que tudo que está escrito no quadro seja lido em voz alta para que possa anotar usando reglete (instrumento utilizado para a escrita Braille). Isso pode ser feito por você e pelos colegas.
4. A presença de uma pessoa com deficiência no ensino comum possibilita a prática dos valores (solidariedade, respeito, companheirismo...) tão esquecidos hoje. Se a turma for motivada a praticar esses bons hábitos, você terá excelentes colaboradores;
5. Existem algumas situações em que o aluno com deficiência visual precisará de mais tempo para realizar a atividade, por exemplo, em atividades muito extensas.
6. Quando for planejar a aula lembre-se de que o aluno com deficiência visual precisará de materiais concretos para facilitar a sua aquisição do conhecimento. Importante: esse material beneficia a turma toda, torna a aula mais interessante e a aprendizagem mais significativa.
7. Para os alunos que ainda não lêem e não escrevem uma forma de garantir a sua participação é explorando a sua oralidade, seja individualmente ou no coletivo. Trabalhos em dupla também são recomendados: a dupla discute as questões solicitadas pelo professor e o vidente assume a função de escriba, anotando a opinião emitida pelo colega com deficiência visual.
8. O aluno cego também pode escrever com escrita cursiva. Informe-se se ele já tem esse domínio e inclua na sua rotina a assinatura do seu nome, pois assim ele pratica e não esquece os traçados.
9. Por fim, em momentos de dúvidas e qualquer necessidade, conte com os profissionais das Salas de Recursos Multifuncionais e centro de atendimento especializado. Eles lhe receberão com muito carinho.
Alessandra Santana Midlej Café - Pedagoga
Especializações: Psicopedagogia – Neuropsicologia – Educação Especial Inclusiva – Professora do Centro de Referência à Inclusão Escolar- CRIE, atuando na área de deficiência visual.
e-mail: asmidlejcafe@hotmail.com
Informando...
A deficiência intelectual, ou deficiência mental, de acordo com a American Association on Intellectual and DevelopmentDisabilities - AAIDD (Associação Americana da Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento), consiste no:
(...) funcionamento mental significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa, ou da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados especiais, habilidades sociais, desempenho na família e comodidade, independência na locomoção, saaúde, segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho.
Quando falamos em deficiência intelectual é comum as pessoas fazerem uma relação imediata com doença mental. Não se engane, pois não é. A doença mental configura-se pela alteração da realidade e da percepção individual, o que, nem sempre, acontece com as pessoas com DI, as quais não apresentam sintomas patológicos como neuroses graves ou psicoses agudas.
Portanto a 1ª regra de relacionamento com pessoas com DI é: não tratá-las como doentes.
Outro ponto importante: as pessoas com DI levam mais tempo para aprender e compreender solicitações. Tenha paciência e explique quantas vezes forem necessárias para que ela possa entender o que está sendo pedido.
fonte: Manual de convivência - pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Dez de 2005, p18
(...) funcionamento mental significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa, ou da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados especiais, habilidades sociais, desempenho na família e comodidade, independência na locomoção, saaúde, segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho.
Quando falamos em deficiência intelectual é comum as pessoas fazerem uma relação imediata com doença mental. Não se engane, pois não é. A doença mental configura-se pela alteração da realidade e da percepção individual, o que, nem sempre, acontece com as pessoas com DI, as quais não apresentam sintomas patológicos como neuroses graves ou psicoses agudas.
Portanto a 1ª regra de relacionamento com pessoas com DI é: não tratá-las como doentes.
Outro ponto importante: as pessoas com DI levam mais tempo para aprender e compreender solicitações. Tenha paciência e explique quantas vezes forem necessárias para que ela possa entender o que está sendo pedido.
fonte: Manual de convivência - pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Dez de 2005, p18
sábado, 28 de maio de 2011
CRIE Ilhéus/10 anos sendo referência em Inclusão Educacional
O Centro de Referência à Inclusão Escolar/CRIE, é um Centro para realização de atendimento educacional especializado para alunos da rede municipal de ensino de Ilhéus, criado há 10 anos, por iniciativa da Secretaria de Educação de Ilhéus, através de um projeto financiado pelo FNDE/MEC, que propunha o cumprimento da LDBEN cap.5 sobre Educação Especial.
O centro atende alunos com Deficiência Auditiva/Surdez, deficiência visual (cegos e baixa-visão), deficiência intelectual e ealunos com Transtorno Global do Desenvolvimento (autistas, psicoses infantis, síndromes), realizando ensino de LIBRAS e Braile, enriquecimento curricular, atividade de vida autônoma, arte e dança e atendimento em Psicologia.
Contamos com uma equipe de 12 profissioinais da Educação Especial, especializados.
O centro atende alunos com Deficiência Auditiva/Surdez, deficiência visual (cegos e baixa-visão), deficiência intelectual e ealunos com Transtorno Global do Desenvolvimento (autistas, psicoses infantis, síndromes), realizando ensino de LIBRAS e Braile, enriquecimento curricular, atividade de vida autônoma, arte e dança e atendimento em Psicologia.
Contamos com uma equipe de 12 profissioinais da Educação Especial, especializados.
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